segunda-feira, 3 de julho de 2017

Diferença entre POS x TEF

No mundo das soluções de pagamento, POS e TEF são nomes bem conhecidos e distintos para bancos, adquirentes, fabricantes de software, desenvolvedores de sistemas, entre outros, mas essa informação não chega até o pessoal mais interessado nesse serviço: os estabelecimentos comerciais.

São eles que usam essas soluções no dia-a-dia e sofrem com a falta de conhecimento. Milhares de estabelecimentos no Brasil aceitam vendas com cartão de crédito ou débito a todo o momento.

A verdade é que, se tais comerciantes soubessem a diferença entre POS (Point of Sale) e TEF (Transferência Eletrônica de Fundos), e entendessem a real finalidade de cada uma, escolheriam com muito mais propriedade o produto a ser instalado em suas lojas, levando em conta: organização, segurança das informações, prevenção contra fraudes, confiabilidade, estabilidade, tempo de processamento, custo x benefício, gestão e conciliação.

Embora o serviço seja o mesmo, ou seja, levar o “dinheiro” de lá pra cá, debitando-o da conta do comprador e creditando-o na conta do vendedor, existe uma grande diferença no caminho que cada solução percorre para realizar essa tarefa.

>> Como definir a melhor solução de pagamento

Para escolher a solução de pagamento mais adequada para seu negócio, o primeiro ponto a ser observado por um estabelecimento comercial é a organização.

Organização é o controle, gestão e administração do próprio negócio. Qualquer empresa precisa de gestão, não importa se é pequena, média ou grande. Não importa o quanto essa empresa movimenta no mês. Uma empresa de pequeno porte, nunca será grande se não for organizada. Provavelmente, fechará antes do segundo ano de existência e entrará para o mundo das estatísticas.

Empresas organizadas que realizam vendas sempre usam o melhor serviço de solução de pagamento. Usam o melhor porque entendem todo o valor do produto adquirido e sua real finalidade. Elas não se preocupam apenas com o custo.

Para essas empresas, usar o melhor serviço independe de ser obrigatório ou não. Elas não usam apenas para atender a legislação vigente, utilizam porque não querem perder o controle do próprio negócio. Muitas Leis já foram criadas e revogadas, mas as empresas organizadas não trocam de solução de pagamento. Isso é um fato!

Vale ressaltar que, quando integrado à Automação Comercial, o TEF recebe não somente valor, mas: adquirente, operação, parcelamento e quantidade de parcelas, tornando a fraude muito mais improvável.

>>Separadas por categoria, vamos às diferenças entre POS e TEF :

>Organização e Gestão

POS: As maquininhas P.O.S (Point of Sale) ficaram famosas pela fácil utilização e mobilidade. A venda é feita por ela e pode ser impressa no mesmo aparelho. Basta digitar o valor a ser pago, inserir o cartão, colocar a senha e aguardar o processo.

Como toda e qualquer solução, existem os prós e contras, pois toda essa “independência” trouxe um problema grave de organização para o lojista.

A falta de integração com qualquer outro sistema de gestão, torna o controle de vendas falho, abre espaço para fraude interna, e os erros operacionais são frequentes, pois as informações são sempre inseridas de forma manual e esse conjunto de fatores normalmente acarreta em uma perda considerável de dinheiro no final do mês. A falta de organização faz com que o lojista só perceba esses problemas depois de muito tempo. Existem estabelecimentos perdendo dinheiro mensalmente e até hoje não perceberam.

TEF: Solução de pagamento que vem crescendo diariamente e está ligado, diretamente, à organização de uma empresa. Existem TEF’s de todos os tipos, inclusive móveis (mobilidade).

Os mais comuns são Pinpads ligados a cabo com um computador conectado na internet.

O TEF (Transação Eletrônica de Fundos) funciona integrado com a automação comercial. Ambos possuem programas instalados no computador, cada um com sua função. A Automação, por exemplo, gerencia e organiza os produtos, estoques e vendas de um estabelecimento. Já o TEF cuida das vendas envolvendo cartão de Crédito/ Débito.

Quando uma venda é inserida no sistema e essa venda será paga com o cartão de crédito, a solução de pagamento TEF é chamada automaticamente para realizar a tarefa. Assim que entra em ação, seu trabalho é fazer a venda com segurança, rapidez e estabilidade, por meio de um pinpad. Depois do processo concluído, o TEF entrega a venda realizada para a automação comercial que, em seguida, imprime o comprovante para o comprador.

Vale ressaltar que o TEF não tem qualquer comunicação com a impressora. Não é ele quem determina onde deve ser impresso ou de que forma deverá ser impresso, por esse motivo, ele funciona com qualquer Lei vigente, não importa se é cupom fiscal, NCFe, Sat e etc. Ele trabalha com todas as emissões e comprovantes de venda existentes, simplesmente porque quem manda imprimir é a automação comercial. Para isso, os dois programas devem estar integrados, certificados e atualizados. As vendas são todas registradas no sistema, tornando o controle muito mais organizado.

>Legislação ou Obrigatoriedade


POS: Não está integrado com nenhum outro programa e por esse motivo não atende a legislação. O POS deveria apenas ser usado como Backup, quando o TEF estivesse inoperante por falta de sinal de internet, por exemplo.

A falta de controle com as vendas feitas por este dispositivo abriu espaço para a criação do TEF.


TEF: Este modelo de solução de pagamento, nasceu muito antes de qualquer legislação para dar ao lojista total controle sobre as vendas com cartão, garantindo maior transparência, segurança e organização. Por este motivo, já que é uma solução mais completa, foi escolhida por muitos Estados brasileiros para ser a solução obrigatória em certos segmentos comerciais. O TEF não nasceu para atender uma Lei, foi o Estado que escolheu o TEF.

>Segurança de Dados e Fraude Interna.

POS: Uma vez que o POS exige a necessidade de digitação de valores manualmente no sistema, os erros são frequentes, para mais e para menos.

As vendas realizadas com POS dificilmente são conferidas no momento do depósito do dinheiro na conta do lojista pelo fato de não ter integração com o sistema de vendas. Por estar avulso, o POS facilmente pode ser substituído por outro POS similar de terceiros.

TEF: Utiliza uma linha VPN (Virtual Private Network) fechada, protegida por criptografia visando a segurança dos dados transmitidos.

A Comunicação é ponta-a-ponta por uma rota segura, tornando o processo mais rápido e estável. O tempo gasto para concluir uma transação normalmente dura entre 2 e 3 segundos.

O Pinpad (leitor do chip do cartão e recebedor da senha) é robusto e depois de sua instalação e configuração, não pode ser trocado por outro aparelho. Ele trava quando perde comunicação com a porta USB ou Serial em que está conectado no computador. É uma segurança para o dono do estabelecimento que, estando presente ou não na loja, terá certeza de que qualquer venda via cartão passará obrigatoriamente pelo TEF instalado e integrado ao sistema, evitando toda e qualquer tentativa de fraude.

No TEF o valor a ser pago é informado diretamente do sistema. Não é necessário digitar o valor na máquina. Não existe erro!

>Multi adquirente

Adquirente é o nome dado para empresas (Cielo, Rede, Bin) que liquidam as transações financeiras por meio de cartão de crédito, comunicando com as bandeiras e emissores de cartões.

POS: É mono-adquirente, ou seja, só funciona conectado a uma única rede adquirente. Cada adquirente tem a sua chave de criptografia e, por esse motivo, caso o lojista tenha contrato com mais de um adquirente, terá de locar o serviço de outro POS, pagando o dobro, por exemplo: uma locação para adquirente X, passando apenas os cartões aceitos por este adquirente e outra locação para o adquirente Y, passando apenas os cartões aceitos pela adquirente Y.

TEF: É multi-adquirente. Pode ter quantas adquirentes o lojista quiser (e estiver filiado). Se um lojista tiver cinco adquirentes e todas forem homologadas para trabalhar com o TEF, ele pagará apenas uma locação, pois precisará apenas de um pinpad.

>Custo

POS: O serviço de POS tem o custo mensal avaliado entre R$ 70 e R$ 120. Valor por adquirente (unidade). A maquineta POS é locada à parte ou pode ser comprada pelo próprio estabelecimento.

TEF: O serviço de pagamento com VPN já inclusa vai de R$ 100 (1 caixa) a R$ 200 (3 caixas). 
O número de caixas é ilimitado, acrescentando-se valores por caixa adicional. Em cada caixa é possível ter quantos adquirentes quiser. A locação do pinpad é cobrada à parte.

>Conciliação

POS: Quanto mais adquirentes tiver o lojista, mais difícil é o controle. Normalmente, no final do mês, o lojista que usa POS, separa um funcionário para somar todos os comprovantes de venda. 
É um trabalho maçante, que leva tempo e que, normalmente, não é exato. Nesse processo é comum perder comprovantes de venda, falta de tinta no papel e erros de digitação durante a soma. Por esse motivo, nem sempre o valor recebido pelo adquirente bate com o valor somado pelo lojista.

Estamos falando de dinheiro, de todo um mês de trabalho, do lucro da empresa e também de uma perda considerável se não existir controle.

A falta de conciliação, que é a comparação de vendas dos valores registrados em caixa com os processados pelo adquirente, torna a organização financeira inexistente.

TEF: Uma das grandes vantagens desta solução de pagamento é a conciliação. Tudo fica registado no sistema. É fácil verificar valores e somas no final do mês.
Outro ponto forte, é que praticamente todos os TEF’s são acompanhados de um potente conciliador, normalmente cobrado à parte, mas que vale cada centavo, pois garante qualidade no resultado, não ocupa um funcionário para a tarefa e não se perde tempo verificando comprovantes.

O Conciliador é uma ferramenta para evitar perdas, não para obter lucro. Com ele, você terá uma planilha financeira completa e o resultado de todo um mês de vendas em um clique, centavo por centavo. Ele organiza venda por venda e compara o valor recebido pelo adquirente, emitindo relatórios de todos os tipos.

Quando ele encontra inconsistências, cria um relatório específico para estes casos, tornando o processo de verificação e resolução muito eficaz. É mais fácil resolver pendências com adquirentes, usando um conciliador. Essa ferramenta foi criada para facilitar a vida do lojista e do adquirente, já que todos os dados da venda estão registrados.

Atualmente a grande maioria dos conciliadores funcionam na nuvem, não necessitando de instalação, e o lojista pode acompanhar o seu movimento de cartão de qualquer dispositivo móvel com acesso a internet.

Empresas organizadas usam sempre a melhor solução de pagamento, normalmente acompanhada de um conciliador.
Fonte: Redação NTK Solutions